19 de novembro de 2010

Entrevista... Vinnie Vicent


Preparando a invasão

Quando Vinnie Vincent se uniu ao KISS, ficou evidente que o Metal acabava de ganhar uma nova estrela. Mesmo fora da banda, o guitarrista conseguiu manter de pé a qualidade do seu trabalho, refletido em seu último disco – Vinnie Vincent Invasion – que já conquistou uma boa colocação nos rankings.

Vinnie Vincent mudou muito nesses últimos anos, mais exatamente quando deixou o KISS para investir na carreira solo. Após alguns meses fora do contexto musical, desfruta o prazer de ter um álbum nas lojas de discos conquistando a preferência do público e aprovação da crítica. As coisas estão correndo tão bem para o grupo que o próprio Gene Simmons telefonou para Vinnie (radicado em Londres) para dizer que o disco é uma maravilha. Para Vincent, o cumprimento não soou muito bem, até porque mantém desagradáveis problemas legais com o KISS, além de saber, através da convivência, com quem está lidando.

“Gene é o cara mais político do negócio”, afirma. “Nunca fica inimigo de ninguém simplesmente porque sempre pensa que amanhã o inimigo pode estar por cima e ele pode depender de um favor. Ele faz relações públicas até quando toma banho”.

Entretanto, não há ódio nas palavras de Vinnie. Ao contrário, parece bem humorado e está bem satisfeito com seu presente, o suficiente para esquecer mágoas passadas. Se a história com o KISS é original, a de sua banda atual não é muito diferente. “Dana (Strum, baixista) eu conheci por meio do KISS”, recorda Vinnie. “Na realidade, todos que estão ligados em música nos Estados Unidos o conhecem. Quando correu a notícia que estava formando meu grupo ele veio até mim dizendo que queria fazer parte. Robert Fleischman, o vocalista, eu conheço há cinco anos. Quanto ao baterista, a história parece uma dessas anedotas que contam por aí”.

“Bobby me telefonou uma noite de Houston”, recorda aos risos, “e me disse: olha, você não me conhece. Me chamo Bobby Rock, sou batera e quero entrar na sua banda. Sou de primeira e tenho uma imagem de louco. Sou o cruzamento exato entre Paul Stanley e Rambo. Tenho o lugar?”. E eu, bastante sonolento, disse: “Olha, para você gastar dinheiro nessa chamada ou é um gênio ou babaca. Admiro os gênios e não tenho nada contra os babacas, de forma que pode vir já! E o maluco apareceu no dia seguinte na porta da minha casa! Ele veio de Houston dirigindo sem parar, numa caminhonete desconjuntada e trazendo a bateria na parte de trás! Quando o escutei, me convenci, era um gênio. E tinha uma imagem muito louca! Esse cara tem o corpo mais fabuloso que vi em toda a minha vida e as mulheres se desmancham todas por ele! Dá gosto ter um exemplar tão completo na banda!”.

Matéria da Revista Metal, em 1986.

Valeww Jay!!!

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