O que importa é diversão
Gene Simmons, do KISS, concede entrevista a Zero Hora (por Marcelo Ferla)
É soturna e direta a voz que vem por telefone de Buenos Aires, onde o KISS se apresentou no último sábado, para 35 mil pessoas, no estádio Monumental de Nuñez, direto para a redação de Zero Hora:
-Hi, is Gene for Marcelo.
Gene Simmons é o israelense de 50 anos, responsável pela marca registrada do KISS: a língua debochada, que parece ter quilômetros saída da boca do demônio mascarado. Ex-professor, baixista e ator nas horas vagas (já fez cinco filmes), Simmons é um dos caras mais espertos da história do Rock. Uma boa vasculhada na carreira mercadológica do KISS valeria muito mais do que umas 15 destas palestras com mestres gringos do marketing. O grupo só perde para os Beatles na venda de discos de rock e tem, com itens de merchandising, de chaveiros a um modelo de carro, vai lançar o refrigerante Kiss-Cola e tem um gibi.
Ardoroso defensor da indústria fonográfica norte-americana – “Você pode vender milhões de discos na Europa, mas isto é nada, se você é grande na América, isto é suficiente” – Simmons hesita em dar a fórmula do sucesso do KISS, mas acaba explicando:
-Trabalhamos com o coração.
Zero Hora – Como foi o show Psycho Circus de Buenos Aires?
Gene Simmons – Nos divertimos muito, o público estava muito louco. Os estádios aqui na América do Sul não são modernos e a eletricidade não é boa, mas a platéia é excelente.
ZH – Mas vocês tiveram algum problema no show em Buenos Aires?
Simmons – Não, nenhum, porque trouxemos um grande gerador de energia para os show no México, na Argentina, no Brasil no Paraguai, em todos os lugares em que a eletricidade é muito velha. Nós precisamos de muita energia. Não temos guitarras acústicas, temos bombas, luzes, elevadores, foguetes, todas essas coisas, e agora temos câmeras de 3-D, precisamos de muita eletricidade. Jamais foi visto algo assim na história dos grandes shows.
ZH – O que é o KISS, música, circo, diversão, um pouco de cada...
Simmons – Não nos importamos em definir nosso trabalho. Se o público se divertir, é o que importa. Várias bandas se contentam em fazer apenas música, mas minha filosofia é a de que você tem ouvidos e olhos. Se você está em casa, ok, a música é apenas para seus ouvidos, mas se você for assistir o KISS ao vivo, eu preciso dar alguma coisa para os seus olhos.
ZH – A essência do KISS está nos palcos?
Simmons – O palco é o melhor lugar para o KISS. Quando estamos no estúdio, não estamos completos. Mas é importante lançar CDs. A revista Billboard tem uma lista de quem tem mais discos vendidos. Na categoria grupo, só um está à frente do KISS: The Beatles.
ZH – Qual a expectativa do KISS para os shows no Brasil? Você já ouviu algo a respeito de Porto Alegre?
Simmons – Bonitas mulheres, boa comida e fãs malucos. Nunca ouvi falar em Porto Alegre em minha vida. Fora da América do Sul, as pessoas só conhecem o Rio de Janeiro. Elas nem mesmo ouviram falar de São Paulo.
ZH – O KISS fez o show individual com o maior público da história do Rock no Rio de Janeiro, em 1983, no Maracanã. O que você lembra daquele espetáculo?
Simmons – A maioria das pessoas pensa que aquele público era para um festival, mas não era. Havia apenas uma banda local de abertura. Aquele show foi incrível. Até o Exército estava lá, com tanques e helicópteros, porque havia muitas pessoas e eles estavam preocupados que algo grave acontecesse, mas não houve nenhum problema e todos se divertiram muito.
Entrevista Cedida pelo meu migo Jay ao qual não poderia deixa de citar...bjos meu querido e bridadexxx...ameii o presentito!!!
tudo de bom a vc sempre!! Amanhã parte two...
Eu fui nesse show! 15 de abril de 1999, nunca vou me esquecer.
ResponderExcluirBah valeww Jay pelo carinhuuuu....
ResponderExcluir** esperando novas entrevistass hehehe.....
bjinhusss