Entrevista com o PE!!!

O baterista do KISS deve estar na décima vida

Por David Glessner
Especial para o Express-News

1. Se os gatos têm nove vidas, então o baterista do KISS, Peter Criss, já passou do tempo. Aos 57 anos, o gato das ruas do Brooklyn já sobreviveu a atentados de levantar os cabelos.
2. "O pior (acidente no palco) foi no Madison Square Garden, minha casa", ele diz, enquanto toma uma xícara de café. "Eu estava ansioso por finalmente tocar lá e me atingiram no olho com um ovo. Veio de longe, cara, e doeu! Esparramou pela minha bateria e eu estava furioso. Foi muito insolente (risos)".
3. Insolente, sem dúvida, mas não tão assustador como quando o baixista Gene Simmons colocou fogo em si mesmo por acidente ou o guitarrista Ace Frehley foi eletrocutado. Para não ser subestimado, o jovial Peter Criss nos dá outro acidente.
4. "Alguém jogou um M-80 (no palco) em 75 ou 76", diz ele. "Bateu no címbalo e literalmente me lançou para fora da bateria. Lembro-me de acordar numa ambulância. Eu via as pessoas falando comigo, mas eu não às ouvia. Eventualmente, as vozes ficaram mais altas e elas perguntavam "tudo bem?". Eu disse, "estou bem". Então, voltei e terminei o show (risos). Tive sorte de não ter explodido minha cabeça!"
5. O rosto que já inspirou inúmeras tatuagens aparecerá em sua selva de tambores no sábado quando o KISS pisar no Verizon Wireless Amphiteather para uma noite de hinos do rock e explosivos. Esperem as marcas registradas: sangue, fogos, glitter, e línguas, mas para o bem de Peter, deixem os ovos em casa se quiserem ouvir sua balada "Beth".
6. "Ainda cantamos ("Beth") todas as noites e é um sucesso enorme", diz o ex-Peter Criscoula. "Ainda bem que não a deixamos de lado. Ganhou um prêmio People's Choice e nos deu sucesso nas rádios, coisa que não tínhamos. Nunca tocávamos no rádio. Eles nos odiavam. Depois de "Beth" estávamos no rádio".
7. E em todos os lugares. Uma franquia internacional no fim dos anos 70, o KISS continua a mover o mercado como o McDonald's faz hambúrgueres. Odiados pelos críticos, mas amados pelos fãs, os quatro rostos do KISS só perdem para os Beatles em termos de vendagem de discos e reconhecimento de nome.
8. Hoje, porém, a máscara do spaceman original Ace Frehley é usada pelo novato Tommy Thayer, que fez fama nos anos 80 como membro da banda Black N' Blue antes de fazer o papel de Ace em sua banda cover de KISS, Cold Gin. Thayer mais tarde ganhou as graças do KISS quando serviu de empresário de turnês nos anos mais recentes.
9. "(Gene e Paul) me disseram que pediram a ele (Ace) para fazer (a turnê), mas ele não quis", disse Criss. "Estou certo de que ele tem seus motivos, mas eu amo Ace e sempre amarei Ace".
10. Com o devido respeito ao ex-guitarrista, Thayer está em ótima forma no último lançamento da banda, "KISS Symphony Alive IV", apresentando a orquestra sinfônica de Melbourne.
11. "Ele realmente está fazendo um ótimo trabalho", Criss fala de Thayer. "Estou lá com ele todas as noites e o observo, e se alguém serve para o lugar de Ace, é esse cara. Às vezes fecho os olhos e soa como Ace em certas partes da noite. Ninguém que já ouvi antes chegou tão perto (do estilo de Ace). Os fãs parecem estar aceitando. Não todos, porque eu recebo muitos e-mails em meu site e nem todos são bons, mas há muita coisa boa também".
12. Criss sabe o que é ser assunto de debates esquentados. Na recente turnê da Austrália e Japão, os fãs enlouqueceram quando a maquiagem de Criss e trono nas baterias foram dados a Eric Singer após outra briga com os patrões.
13. "Tantas pessoas entram e saem dessa banda", diz Criss. "Eles decidiram colocar (Singer) lá em minha maquiagem e não acho que os fãs gostaram. Acho que os shows já estavam marcados e acho que (Simmons e Stanley) ficaram encurralados e não tiveram escolha. Eu sou uma pessoa direta. Estou muito velho para isso. Sei onde estou neste planeta maluco que nós vivemos. Tudo isso não tem sentido".
14. Quanto a ser a segunda banda depois do Aerosmith nesta parte da turnê, Criss diz "Eu não tenho ego, cara. Isso é entre mim e os fãs. Só quero agradecer e não sair do jeito que saí da última vez. Não me importo contanto que eu suba lá e detone e todos se divirtam".